Fim de semana ZDB
Sexta 07 de Novembro às 23h
Não_fazer_nada_é_uma_actividade_interior_sessions
James Blackshaw (UK)
München (PT)
James Blackshaw
Sempre bem-vindo porque vem sempre por bem, o guitarrista londrino James Blackshaw regressa à ZDB para apresentar "Litany Of Echoes", excelente último álbum deste compositor e executante de excepção na guitarra de cordas de aço.Próximo (em espírito, na poesia que tem nos dedos) de fingerpickers norte-americanos como John Fahey, Sandy Bull, e outros
mais contemporâneos como Glenn Jones, Jack Rose ou Sir Richard Bishop), Blackshaw cruza meios de expressão folk com experimentação pura – "Litany Of Echoes", onde também gravou ao piano, lembra mesmo em alguns dos seus ângulos mais dissonantes as improvisações abstractas deMorton Feldman. Revelando uma profunda compreensão dos valores seculares da guitarra acústica, Blackshaw mantém-se num equilíbrio difícil no âmago da tempestade, algures para lá do ritmo e da harmonia, entre o que veio antes e o que está a ser pensado agora.
mais contemporâneos como Glenn Jones, Jack Rose ou Sir Richard Bishop), Blackshaw cruza meios de expressão folk com experimentação pura – "Litany Of Echoes", onde também gravou ao piano, lembra mesmo em alguns dos seus ângulos mais dissonantes as improvisações abstractas deMorton Feldman. Revelando uma profunda compreensão dos valores seculares da guitarra acústica, Blackshaw mantém-se num equilíbrio difícil no âmago da tempestade, algures para lá do ritmo e da harmonia, entre o que veio antes e o que está a ser pensado agora.
München
É o som de uma nova urbanidade acústica. Servem os palavrões para dizer que esta música tresanda a mecanismos de precisão enferrujados e, por isso, doces. São cordas e percussões em multiusos. Não há meninos. Todos os elementos dos München já tocaram noutras bandas.Quase todas mais ruidosas. Em 1999, Bruno Duarte decide sentar-se e desde então os München deram mais de vinte concertos, todos sentados. Em palco nunca são menos de quatro e nunca foram mais de nove. O dinheiro para as batatas nunca veio da música. Esta situação permitiu e permite uma liberdade criativa que enquanto confundir próprios e alheios é a razão da existência dos München. Confundir próprios é ouvir folclore turco ou electroacústica experimental e, para raiva ou deleite do parceiro, não tocar nem uma coisa nem outra. Confundir alheios é mais perigoso. A vida não é fácil. É claro que há quem, com gavetas e rótulos, a tente simplificar. München é uma banda de toy music: existem de facto brinquedos sonoros. München é uma pequena orquestra de câmara: tocam guitarra clássica e viola de arco. München é uma banda rock: a bateria e
guitarra eléctrica estão lá. Em que é que ficamos? Ficamos, como no princípio, sentados a tocar.
É o som de uma nova urbanidade acústica. Servem os palavrões para dizer que esta música tresanda a mecanismos de precisão enferrujados e, por isso, doces. São cordas e percussões em multiusos. Não há meninos. Todos os elementos dos München já tocaram noutras bandas.Quase todas mais ruidosas. Em 1999, Bruno Duarte decide sentar-se e desde então os München deram mais de vinte concertos, todos sentados. Em palco nunca são menos de quatro e nunca foram mais de nove. O dinheiro para as batatas nunca veio da música. Esta situação permitiu e permite uma liberdade criativa que enquanto confundir próprios e alheios é a razão da existência dos München. Confundir próprios é ouvir folclore turco ou electroacústica experimental e, para raiva ou deleite do parceiro, não tocar nem uma coisa nem outra. Confundir alheios é mais perigoso. A vida não é fácil. É claro que há quem, com gavetas e rótulos, a tente simplificar. München é uma banda de toy music: existem de facto brinquedos sonoros. München é uma pequena orquestra de câmara: tocam guitarra clássica e viola de arco. München é uma banda rock: a bateria e
guitarra eléctrica estão lá. Em que é que ficamos? Ficamos, como no princípio, sentados a tocar.
Entrada: 8 €
Sábado 08 de Novembro às 23h
As_mulheres_são_um_povo_inimigo_sessions
Variable Geometry Orchestra (PT)
Variable Geometry Orchestra (PT)
A música produzida pela Orquestra da Geometria Variável resulta do jogo do material acústico versus o electrónico, numa contínua busca de pequenos detalhes e significados - o som rompe do silêncio para nele voltar a megulhar...Com esta organização formal do caos, tenta-se aplicar novos conceitos de indeterminação e composição instantânea, através da erupção assimetricamente alternada de momentos de som e silêncio (ausência de som identificável) com predominância para estes últimos, seja pela emissão de sons de características subliminares e psico-acústicas, seja pela completa ausência de sons, permitindo assim aos músicos recuperar o seu ritmo natural de respiração e sentido aleatório de pulsação, bem como escutar toda a espécie de acontecimentos sonoros que estejam a ocorrer nesse preciso momento no espaço envolvente, ou então "simplesmente" escutar o que outro músico tenha começado, entretanto, a fazer, sem a preocupação de responder imediatamente e assim encher de forma inútil o espaço sonoro.
Entrada : 6 €
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