Os
Lírio Cão actuam no próximo dia 21 de Julho, pelas 21h30, na
Casa Municipal da Juventude - Ponto de Encontro, em Cacilhas. Terão como banda convidada os
Ayken, de Carnaxide. A entrada é livre.
Biografias:
Lírio Cão nasceu nos últimos meses de 2002, pela mão de José Leão (voz, guitarra) e Luís Miguel Carneiro (baixo, voz). Nos primeiros momentos de vida, a banda conheceu alguma inconstância no que toca aos elementos, até aparecer Tiago Faria (bateria, voz), no Carnaval de 2004. Seguiu-se uma lógica de trabalho visando produzir música despretensiosa, honesta e simples, havendo apenas um ponto de partida. Sem barreiras, nem prisões de estilos. Há toda uma transversalidade musical patente no seu trabalho, daí Lírio Cão ser tão difícil de catalogar. Têm temas curtos, com estrutura clássica de canção pop, ao lado de temas mais progressivos e ousados, espraiando-se por longos minutos. Sabe-se apenas que é música, rock, talvez, com laivos de psicadélico e progressivo, um toque retro. Não é estranho encontrar elementos de outras correntes musicais, como o funk. Lírio Cão não é imune ao ambiente que o rodeia, pelo contrário, este encontra-se reflectido em todo o seu trabalho. Daí, ser talvez a banda que melhor se perfila para apontar o futuro, não esquecendo o passado, com ideias bem assentes.Uma banda com opinião. As letras e as músicas reflectem os seus valores. Falam da Magia, uma empatia que se pode gerar entre os elementos de uma banda e o seu público, do enorme poder que a música tem para veicular sentimentos e ideias, mas também falam do desconcerto do mundo, da Humanidade como um todo, exaltando o seu melhor, e condenando o pior, desde a guerra ao capitalismo desregrado, passando pelas adicções. Sempre em Português.
Desde então a banda tem-se vindo a consolidar como um valor para a música portuguesa, desde o primeiro concerto no ora extinto Bar Help, na praia da Cabana do Pescador, Caparica, o qual foi inteiramente organizado e produzido pela banda, e no bar Fashion, em Almada, onde esteve bem patente o número de seguidores, em franca ascensão. Tocaram também no In Live Caffe, na Moita, no bar Hula Hula, Praia do Rei, Ponto de Encontro, Casa Amarela, Ritmus Bar, bar Observatório, Concentração de Motards do Seixal 2006, entre outros. No que toca a concursos, a participação na 1ª edição do Festival Portas do Rock, no Entroncamento, rendeu-lhes o terceiro lugar, e foram finalistas do Concurso de Bandas de Almada, edição de 2006.
A pujança com que esta banda ataca os palcos faz com que qualquer concerto seja uma explosão de energia sonora e visual que prende o público mais exigente do princípio ao fim. Tem havido uma aposta crescente na componente visual da performance ao vivo, com experiências ao nível de projecções vídeo, embora seja um processo ainda em desenvolvimento.
A banda editou um EP de apresentação, Alma Enganada, inteiramente produzido com meios próprios, e vendido directamente, o qual recebeu uma boa aceitação do público, tanto pela qualidade e frescura da proposta, como pela componente visual. Foi lançado em Abril de 2005 no Santiago Alquimista.
2006 assistiu ao lançamento do segundo trabalho, desta feita Deus Menor, um álbum gravado e produzido por Nuno Loureiro, amplamente reconhecido pelo seu trabalho como técnico e produtor, mas também como líder dos Painstruck. Inclui alguns dos temas anteriormente registados no EP Alma Enganada, embora revistos. Nesta gravação encontra-se o Reactor 4, uma surpreendente e inaudita incursão por um rock mais instrumental e progressivo. Contratempos, mudanças de andamento e efeitos estranhos são o forte deste tema, mantendo, contudo, o sabor mais tradicional, old school que sempre caracterizou o som de Lírio Cão. No que toca a referências, estas podem vir de lados tão díspares como Jimmi Hendrix, Marillion, King Crimson, Tool, Frank Zappa, Alice in Chains, Emmerson, Lake & Palmer ou Police.
O ano de 2007 tem sido um ano de reflexão e focagem, muito por causa de problemas vários, não-internos, que têm assolado a banda. Há surpresas no line-up, pois foi recentemente admitido para a posição de vocalista Bruno Soldado, amigo de longa data e companheiro da banda. Trata-se de um ajuste na sonoridade, que pode eventualmente retirar alguma da agressividade encontrada nas vocalizações do Zé Leão, dirão os mais cépticos, mas trará mais melodia e deixa o Zé liberto para se assumir como o guitarrista extremamente criativo que é, assegurando segundas vozes. É uma aposta ganha.
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